Carlos Borrego defende que Aveiro e Ílhavo "deveriam estudar sistemas integrados de transportes com recurso a veículos eléctricos e equacionar o regresso aos sistemas de cabotagem" com o uso da ria para transportes.

O antigo Ministro do Ambiente explica que as concentrações de ozono nalgumas cidades obriga a reflectir sobre sistemas de mobilidade alternativos. "Essa evolução teria que ser muito suave", disse.

"Não podemos passar, de repente, toda a frota para a electricidade e subir o preço dos bilhetes. Há um equilíbrio em termos de programação que tem de ser feito", adiantando que "esta grande cidade 'Aveiro-Ílhavo', fundidas, precisam de soluções articuladas. Os autocarros e o transporte por via marítima, que em Portugal, deixou de existir, são soluções", vincou.

"Talvez faça sentido o transporte público eléctrico onde os autocarros fariam percursos de três ou quatro horas, sendo substituídos, para carregar as baterias, por outros. É uma opção que faz todo o sentido. É um sistema já implementado em muitas cidades europeias. Numa área urbana, o transporte público deveria ser eléctrico ou com metros de superfície", recomendou Carlos Borrego em entrevista à Terra Nova.