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01-04-2003

Cruzeiro está a ser recuperado


Sangalhos

Sangalhos Cruzeiro já está a ser recuperado - Obra concluída dentro de 45 dias Catarina Cerca O cruzeiro de Sangalhos, localizado junto à EN 235, que veio abaixo em Dezembro de 2001, na sequência de um aparatoso acidente de viação, já está a ser alvo de recuperação. A notícia foi avançada ao nosso jornal pelo autarca Sérgio Aidos que aproveitou para sublinhar que a obra de restauro está a ser levada a cabo por uma empresa especializada, designada por “Velhos Ofícios”, de Coimbra, existindo também a garantia de que o cruzeiro deverá estar de pé dentro de 45 dias. A obra ronda os 22 mil euros e será comparticipada pela autarquia local que terá, segundo o autarca, negociado com a companhia seguradora do sinistrado, tendo chegado a um acordo relativamente a verbas mas que preferiu não revelar. Assim, durante as próximas semanas, oito técnicos especializados, entre consultores, escultores, engenheiros civis, técnicos, auxiliares e colaboradores vão devolver ao entroncamento, localizado junto à Escola Primária nº1 de Sangalhos, o “seu” cruzeiro, ou seja, o templete ou cruz de caminho, datado do século XVII que veio abaixo e que fazia parte do património arquitectónico da freguesia. Sérgio Aidos explicou ainda que “a reconstrução será total e seguirá indicações do IPPAR”. Uma obra que está a cargo de uma empresa especializada na conservação e restauro de artes decorativas e que reúne um curriculum que a Junta considerou ser capaz de levar a cabo uma obra desta natureza. No entanto, a obra de restauro vai contemplar ainda duas novidades, nomeadamente a reposição da cúpula primitiva. É que segundo Sérgio Aidos “o cruzeiro, há cerca de 60 anos atrás, encontrava-se localizado no largo de S.Vicente (no Passal), tendo, nessa altura, já devido a acidentes sido transferido para junto da EN 235, com a consequente adulteração da cúpula e de uma coluna”. Daí que a Junta vá agora aproveitar a obra para repor os traços originais, pelo que o cruzeiro será reconstruído segundo o processo e utilizando os materiais existentes no século XVII, sabendo-se também que a cúpula vai deixar de ser redonda e em cimento para passar a ser ligeiramente ovalizada e feita toda ela em pedra, tal qual a original. Para o autarca sangalhense, “a Junta de Freguesia preocupou-se, ao longo destes meses, em garantir o restauro do cruzeiro e não para que um novo, proposto pela seguradora, fosse erguido no mesmo local”. É que, como explicou, “a reconstrução fica muito mais cara mas necessária já que se trata de uma obra de arte datada do século XVII”. A obra prevê ainda a colocação de uma protecção por forma a evitar que outros acidentes possam causar a derrocada do cruzeiro. Uma protecção que poderá ser feita também em pedra, mas sempre em harmonia com o cruzeiro. A Junta de Freguesia aproveita ainda a oportunidade para fazer um apelo a quem inadvertidamente e de forma impensada retirou do local uma coluna completa que deverá ser devolvida pois é uma peça que faz parte de um cruzeiro que é da freguesia e de todos os sangalhenses. (22 Mai / 8:44)

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