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09-05-2014

Câmara de Ílhavo atenta a problemas sociais (toxicodependência e prostituição) preocupam e afectam comunidades locais.


A Câmara de Ílhavo foi desafiada a olhar para os problemas sociais que emergem nas imediações de um acampamento de famílias de etnia ...

A Câmara de Ílhavo foi desafiada a olhar para os problemas sociais que emergem nas imediações de um acampamento de famílias de etnia cigana, no Concelho (Gafanha de Áquem).

O tema esteve em foco na última reunião publica de Câmara.

José Vaz, do PS, disse que além de questões associadas ao tráfico de estupefacientes há agora um novo fenómeno associado à prostituição. Duas realidades que se reúnem no mesmo espaço social.

"Sempre houve 'discussões' entre cidadãos, envolvendo a classe política, sobre o acampamento cigano. Há 15 anos acamparam ali e construíam barracas de madeira mas, hoje, já não são barracas em madeira mas sim construções em tijolo e cimento. A comunidade local questiona a legalidade da situação. Não sei de quem é a competência para fiscalizar aquilo mas, na verdade, tem-se construído sempre e depois, agora, há ligação ao tráfico de estupefacientes. Recentemente surgiu a questão da prostituição. A Câmara deveria tomar uma posição junto das autoridades competentes", disse.

O Vereador que tutela a área social reconhece que o problema "está identificado" mas não é de fácil resolução.

Paulo Costa lembra que "não é com deslocalizações que se resolvem os problemas da prostituição". A intervenção social "é a resposta e à trabalho desenvolvido nessa área", referiu.

"Já lá fomos com diferentes instituições. Sobre a prostituição sabemos quem são, de onde vêem, como se chamam. São mulheres com problemas de toxicodependência. Reunimos com a GNR mas, o problema é que aquilo não é crime. Uma mulher estar na rua não é crime", disse, adiantando que "se aquilo fosse um problema legal já estaria resolvido há muito tempo".

"Estamos a fazer um trabalho social. A solução é que as pessoas mudem de vida e não de local. Há muitos esquemas e soluções para as 'deslocalizar' mas isso não é solução. A sociedade tem de ajudar aquelas pessoas a mudarem de vida", disse.

A Câmara de Ílhavo colocada perante questões que atestam a degradação de espaços sociais, assegura que está atenta e a trabalhar para "minimizar problemas e conflitos sociais".


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