Câmara de Águeda e Associação Empresarial de Águeda não entendem as lógicas de investimento definida por quem estuda as infraestruturas de elevado valor acrescentado que deixou o eixo Aveiro – Águeda fora das opções. Ricardo Abrantes diz que "são gastos milhões" a exportar por Leixões, quando "existe um porto ao pé da porta", o de Aveiro, a que falta uma estrada de 20 quilómetros.
O dirigente juntou-se ao presidente da Câmara de Águeda, Gil Nadais, numa conferência de imprensa conjunta para manifestar o desagrado por a ligação Aveiro-Águeda não figurar na lista de "Infraestruturas de Alto Valor Acrescentado" do grupo de trabalho criado pelo Governo.
Segundo o representante dos empresários, "sendo as exportações o motor da economia e uma prioridade política, não tem sentido percorrer o triplo da distância para ir a Leixões, sem tirar proveito da vantagem competitiva do porto de Aveiro, porque falta fazer uma estrada com pouco mais de 20 quilómetros", disse.
"Estamos cansados de promessas, feitas nos palcos desta terra e não nos podemos deixar adormecer. O que gostaria era de ver os trabalhos (da construção da estrada) a desenvolverem-se", disse Gil Nadais.
Confrontado com declarações do presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, Ribau Esteves, que prometeu a estrada em perfil de variante assumida como investimento dos municípios, candidatada a fundos comunitário, Gil Nadais não se mostra tranquilizado.
"Se a estrada não estiver classificada como prioritária será mais difícil que se concretize com fundos comunitários, até porque há na União Europeia uma descriminação negativa para as infraestruturas rodoviárias, que terão menor dotação".
Gil Nadais observou ainda que Ribau Esteves tem estado nos órgãos da Associação Nacional de Municípios Portugueses, que esteve representada na comissão que concluiu o estudo das obras prioritárias, deixando um lamento: "o nosso problema, afinal, não chegou lá?". |