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21-03-2014

PS: 'Negligência da Câmara de Ílhavo custa um milhão de euros aos ilhavenses'.


O Partido Socialista de Ílhavo, perante a decisão judicial, de Maio de 2013, sobre o diferendo entre a Câmara Municipal de Ílhavo e a ...

O Partido Socialista de Ílhavo, perante a decisão judicial, de Maio de 2013, sobre o diferendo entre a Câmara Municipal de Ílhavo e a empresa Nolasco e Coelho, Lda., a propósito da propriedade do terreno onde foi edificada a Biblioteca Municipal, fala em "graves consequências para o município".

A Câmara estará obrigada a pagar cerca de um milhão de euros à empresa, por ali ter construído a Biblioteca Municipal "sem que o terreno fosse propriedade do município".

A Câmara Municipal "tem as suas contas bancárias penhoradas no valor de cerca de um milhão de euros pela empresa credora". É para o PS "uma mancha na dignidade e honorabilidade institucional do município de todos nós, correndo o risco de não ter a faculdade básica de gerir os dinheiros para pagar salários e desenvolver a actividade normal da edilidade".

Para o PS, este caso, "mostra que a decisão de construção da Biblioteca Municipal, naquele terreno, sem que se soubesse de forma absoluta que os terrenos eram, de facto, propriedade do município, consubstancia um acto de gestão completamente negligente e de má-fé", é referido em comunicado.

"A negligência e a má-fé desta decisão, tomada pelo anterior Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo e seu executivo, terão, de acordo com a decisão de Maio de 2013, um custo avultadíssimo de cerca de um milhão de euros, onerando o município, tendo os ilhavenses que pagar agora um terreno a peso de ouro". O Partido Socialista de Ílhavo entende também que "é de relevar o facto de esta decisão, tomada em Maio de 2013, só agora ser dada a conhecer aos órgãos autárquicos, à oposição e aos ilhavenses. Uma informação tão relevante deveria ter sido dada a conhecer a todos, pela sua gravidade e suas implicações". Na perspectiva dos socialistas "esta informação foi ocultada gravosamente porque em Maio de 2013 se aproximavam eleições autárquicas. Concluímos que a ocultação de informação foi um instrumento para proteger o Partido Social Democrata dos impactos que esta teria no resultado eleitoral. Concluímos que a ocultação de informação que diz respeito a todos os ilhavenses foi decidida em função dos interesses eleitorais do PSD", sublinhando que "quem oculta informação desta relevância, é capaz de ocultar outras mais. Não há condições para confiar na palavra dada pela Câmara. Os ilhavenses têm razões de sobra para desconfiar da Câmara Municipal de Ílhavo", vinca.

O Partido Socialista acha que a "decisão negligente e de má-fé tem rostos. O anterior Presidente da câmara, o actual, Fernando Caçoilo, e todos os Vereadores, que ainda hoje se mantêm em funções".


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