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06-03-2014

Aveiro: Oposição olha com desconfiança para a nova estrutura orgânica da autarquia.


Os deputados Municipais da oposição olham com desconfiança para a nova estrutura orgânica da autarquia. A maioria, com 20 deputados, ...

Os deputados Municipais da oposição olham com desconfiança para a nova estrutura orgânica da autarquia. A maioria, com 20 deputados, aprovou a nova estrutura. Registaram-se nove contra (sete do PS, um do Bloco e um do PCP).

Seis eleitos abstiveram-se (dois do PS e quadro independentes). Filipe Guerra, do PCP, voltou a salientar que encontra “alguns aspetos positivos como a integração do Teatro Aveirense” mas como negativo encontra a incerteza sobre Serviços Municipalizados e Move Aveiro e a “concentração de poder no presidente que passa de seis para nove unidades sob sua alçada”.

Ivar Corceiro, do BE, volta a notar o que diz ser um contrasenso entre as decisões e a falta de informação sobre a auditoria. “Dá-se uma perda de autonomia, intencionalmente, para esvaziar os serviços, nomeadamente os transportes. A pretensão de privatizar é bem patente na orgânica”.

Em nome do movimento “Juntos por Aveiro, a antiga vereadora Maria da Luz Nolasco confessa preocupação pelo futuro dos funcionários das empresas. “A melhor forma para garantir os postos de trabalho, nomeadamente do Teatro Aveirense, seria abrir concursos. Implica que continuem a ter lugares para as competências dos funcionários. A proposta parece muito dispersa, conflituosa, apresentada de forma esmigalhada”.

Marques Pereira, do PS, considera que a proposta apresentada “é curta e insuficiente nas razões e no modelo”. “Como se reduzem as unidades, se não há redução de funcionários? Qual o impacto financeiro, quanto custará a menos e qual a maior eficácia esperada?” questionou o deputado que vê no sistema a presidencialização.

Henrique Diz, do PSD, não considera que haja falta democracia com o novo modelo. “Tanto medo do poder, até parece que não é democrático. Ainda não vi nas propostas e na forma como o presidente exerce o poder de falta de democraticidade. Discute as propostas, dá a cara. Não conheço decisões à revelia”.

Paulo Marques, da bancada do PP, considera que a oposição ataca o poder por ser mais ausente ou mais presente. “Quando criticavam Élio Maia davam o exemplo de Ribau Esteves. Agora fala de mais e é demasiado presidencialista”.


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