Poiares Maduro, Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, esteve na tarde de sexta-feira na sede da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), para “valorizar um novo instrumento” no âmbito do próximo Quadro Financeiro Comunitário (Portugal 20-20). “Existem pactos de desenvolvimento e coesão territorial ao nível das Comunidades Intermunicipais que nos parecem fundamentais para potenciar as mais valias de cada território, sobretudo ao nível da sustentabilidade e coesão social. Hoje os problemas são complexos. Atravessam diferentes áreas, desde o território a áreas sectoriais e por isso é importante termos acções integradas”, sublinhou, adiantando que “planeamos para o próximo Quadro de Fundos Europeus, potenciar, nas Comunidades Intermunicipais, entre todos os municípios, o desenvolvimento de estratégias conjuntas, com projectos trans-municipais, que tragam mais valia para os territórios”. Para Poiares Maduro “há questões que exigem decisões municipais e outras exigem tratamento a outra escala (intermunicipal) e para potenciar o crescimento de cada município, é importante ter projectos a uma escala mais alargada”, vincou o Ministro que presidiu ao encerramento do Seminário “Aveiro Território Sustentável e Competitivo” que encheu de autarcas e técnicos superiores das autarquias o Salão Nobre da CIRA. Enquadrados no âmbito da RUCI (Rede Urbana para a Competitividade e Inovação), os projectos da Agência para a Sustentabilidade e Competitividade e a “Eficiência Energética” para a Região de Aveiro, têm como objectivo “dotar a CIRA de um conjunto de práticas inovadoras, no contexto nacional e mesmo internacional, promovendo-a como uma região de excelência e competitiva, em termos de sustentabilidade. Estes projectos pretendem auxiliar as autarquias da CIRA a cumprir objectivos no domínio do desenvolvimento sustentável”. Ribau Esteves, líder da CIRA, disse que “ser Governo não é nada fácil. Quem está em Lisboa não visualiza os 'pormenores' da nação e a especificidade de cada território. O Governo esforça-se, neste momento, para ganhar um conhecimento profundo do território, para, posteriormente, aproveitar bem os 25 mil milhões. Elevar os níveis de eficácia é essencial”, relativamente aos últimos quatro Quadros Comunitários. Ribau Esteves, numa alusão ao desenvolvimento definitivo do eixo ferroviário Aveiro-Salamanca, sublinhou que é importante uma aproximação aos “parâmetros europeus”. “A nossa produção de riqueza tem de chegar ao destino. A competitividade das empresas tem de estar em primeiro lugar. O investimento público é fundamental para solidificar a estratégia de eficiência colectiva para que se crie riqueza. Temos de rentabilizar os investimentos feitos em novas infraestruturas. Só assim não falharemos. Temos de nos aproximar dos padrões europeus”, disse. |