Os Vereadores da Câmara de Aveiro vão debater, na próxima quarta-feira, a proposta de reforma da estrutura orgânica que terá já a marca da nova equipa liderada por Ribau Esteves.

São as primeiras marcas da reforma estrutural 'desenhada' para o município com a anunciada integração da gestão do Teatro Aveirense na divisão de cultura. Indefinido está, ainda, o futuro da MoveAveiro.

Ribau Esteves reuniu na semana passada com os dirigentes políticos dos partidos, em Aveiro, e com os representantes dos partidos com assento na Assembleia Municipal.

Encontro informais que o PCP vê como "positivos" mas sem revelar muitos pormenores quanto ao futuro. "Foi um diálogo, nada mais do que isso. Foi uma reunião informal. Não apresentou decisões ou soluções definitivas que se possam criticar", disse.

Ivar Corceiro, do Bloco de Esquerda, teme que o peso da máquina autárquica possa ser aliviado à conta de concessões ou privatizações. "O mais grave é a intenção de 'largar' a MoveAveiro da alçada da Câmara, entregando a empresa a privados. Isso é alarmante", sublinhou.

Francisco Picado, do PS, diz que "terá de ser a maioria a apresentar o Plano". Este um assunto tratado na última emissão do programa de debate político 'Canal Central' na Terra Nova.

Ribau Esteves, questionado pela Terra Nova, disse que a reforma da estrutura orgânica "está a ser trabalhada para permitir um trabalho estável durante o mandato". O autarca explica que o diálogo "foi aberto para encontrar as melhores soluções".

"Desenvolvemos um processo 'aberto' com a participação de várias entidades e pessoas, para construir uma estrutura estável neste mandato. Esta decisão da Câmara, a aprovar em Assembleia, tem de ter qualidade e é abrangente, envolvendo a autarquia, autarcas e políticos. A Câmara tem de funcionar com mais eficiência e rigor, no futuro", disse. A proposta será apresentada na próxima quarta-feira à tarde.