5 de Janeiro de 1977, uma quarta-feira: com o Estádio Mário Duarte à pinha (o velhinho, no centro da cidade), o Benfica jogava em Aveiro para a 12.ª jornada do campeonato. Eusébio foi um dos jogadores que entraram em campo – não pelo clube de Lisboa, onde se notabilizou, mas pelo Beira-Mar, já no ocaso da sua carreira. Foi a única vez que Eusébio, que faleceu domingo aos 71 anos, jogou contra o clube do seu coração.
É verdade: nem só do Benfica viveu a carreira do futebolista. Todos conhecem os seus feitos ao serviço do emblema da águia – os golos que marcou, as taças que conquistou, os cognomes com que o rotularam: Pantera Negra, King… Mas ao longo dos anos Eusébio somou outros emblemas ao currículo: Sporting de Lourenço Marques (o seu primeiro clube, de Moçambique, antes de ingressar no Benfica), Rhode Islands Oceaners, Boston Minutemen, Toronto Metros, Beira-Mar ou União de Tomar.
Não foi nestes clubes que Eusébio construiu a sua glória. São capítulos menores da sua história, mas não podem ser apagados. O jogador representou o Beira-Mar na temporada 1976/77 – tinha 34 anos.
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