Aveiro assinala os 40 anos do III Congresso da oposição Democrática. Centro de Documentação 25 de Abril, Centro de Estudos de História Contemporânea do ISCTE, Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro, Instituto de História Contemporânea da FCSH da Universidade Nova de Lisboa, “Não Apaguem a Memória (NAM)” e “Seara Nova” dinamizam o colóquio agendado para este sábado e que vai juntar na cidade de Aveiro atores desse momento que ficou para a história do país e investigadores especializados no Estado Novo e na transição para a Democracia.

Foi há 40 anos que mais de quatro mil opositores do regime reuniram-se em Aveiro num dos momentos mais marcantes da luta contra a ditadura.

Agora surge a “reflexão historiográfica sobre o evento e o contexto político-social em que se desenrolou”. Momento para “estimular o debate sobre a atualidade e a herança do Congresso com os participantes da altura e alguns protagonistas do agora”.

Este encontro arranca às 9h00, no ISCA, Universidade de Aveiro com três painéis programados. Um com “testemunhos” de cidadãos envolvidos na realização do 3º Congresso da Oposição Democrática. Figuras como José Tengarrinha, Vítor Dias e Pedro Coelho vão passar pelo encontro. Flávio Sardo apresenta uma comunicação intitulada “Mário Sacramento, o homem e o cidadão: os Congressos Democráticos” e António Neto Brandão falará sobre o tema “Aveiro e os Congressos Democráticos”. Esta sessão é moderada pela historiadora Irene Pimentel.

Para a parte da tarde, está prevista a realização de dois painéis, um com historiadores e outros cientistas sociais, como Luís Torgal de Oliveira, Luísa Tiago de Oliveira, Fernando Rosas e José Pacheco Pereira numa conversa moderada por Helena Pato, do movimento “Não Apaguem a Memória”.

Segue-se um painel de reflexão sobre os possíveis legados do Congresso no contexto atual, com a participação de figuras de vários quadrantes políticos como Frei Bento Domingues, Manuel Carvalho da Silva, Pedro Adão e Silva, Rui Tavares e Tatiana Moutinho, numa sessão moderada pelo investigador João Salis Gomes.

Durante todo o dia, em simultâneo com as sessões temáticas, é possível visitar uma mostra fotográfica sobre a carga policial, organizada pelo Centro de Documentação 25 de abril e outra sobre a revista Seara Nova.

A sessão de abertura está marcada para as 9h.