António Salavessa (na foto), antigo Deputado municipal eleito pelo PCP, em Aveiro, é o primeiro subscritor de uma Petição que defende a manutenção do período de intervenção do público no início das Assembleias Municipais aveirenses.

Cidadãos mobilizam-se "contra a proposta da nova maioria" na autarquia aveirense que pretende alterar o regimento.

António Salavessa, hoje em declarações à Rádio Terra Nova, destaca “a importância assumida, ao longo dos anos, pela participação do público nos trabalhos da Assembleia Municipal de Aveiro”.

"Ribau Esteves está a importar para Aveiro o modelo que era seguido em Ílhavo onde a participação do público era muito reduzida, porque as intervenções das pessoas só podiam ser feitas no final das sessões, à noite, muito tarde", sublinhando que "está a contrariar uma prática promovida por diferentes partidos políticos, durante muitos anos".

Para António Salavessa "em quatro anos verificaram-se 45 intervenções em Aveiro, no período reservado ao público. Mais de 2,25 intervenções por sessão. As pessoas não iam à Assembleia colocar questões menores. Falaram da Unidade de Tratamento mecânico-biológico de Eirol, concessão das águas, portagens das ex-SCUT´s, problemas nas escolas, transportes fluviais para São Jacinto, encerramento da Linha do Vouga, habitação Social, enfim, questões relevantes", disse.

António Salavessa sublinha que a participação democrática dos cidadãos “deve ser estimulada pelos responsáveis políticos, aos quais incumbe a responsabilidade de criar as condições para que ela seja efectivamente exercida”.