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20-11-2013

Ílhavo: Maioria aprovou manutenção da taxa de derrama mas oposição deixa alertas sobre captação de investimento.


A maioria na Assembleia Municipal de Ílhavo aprovou a taxa de 1,5% para a derrama em 2014. Mantém-se a taxa sem alterações mas os ...

A maioria na Assembleia Municipal de Ílhavo aprovou a taxa de 1,5% para a derrama em 2014. Mantém-se a taxa sem alterações mas os partidos da oposição assumem que seria importante dar um sinal a quem investe na criação de emprego.

Segundo o presidente da Câmara de Ílhavo, Fernando Caçoilo, a taxa em vigor representa uma receita de cerca de 450 mi euros da qual a Câmara não pode abrir mão. O autarca lembra que só paga derrama quem apresenta lucros. “Quem paga são as empresas que dão lucro. A oposição é oposição. Quando cheira a receita estamos todos contra. Isto é tão complexo que até o PCP vota contra a derrama”.

Da parte dos partidos da oposição surgiu a recomendação para uma mudança política no futuro com sinais aos investidores e melhoria das condições nas zonas industriais. Luís Leitão, do PS, diz que esse sinal seria importante. “Parece-me castigador e revelador de falta de sensibilidade social e económica. Podemos estar a afetar a capacidade de reinvestimento das empresas. É quase um imposto que se eterniza”.

Daniel Santiago, do PCP, considera que a taxa de 1,5 % não é estimulante para as empresas. “A Câmara deve encontrar outras fontes de receita que não prejudiquem as industrias que podem procurar novos locais para se instalar”.

Carla Lima, do BE, espera que surjam alterações legislativas no futuro para colocar as empresas que trabalham mas não têm sede nos concelhos a pagar derrama nos locais onde exercem atividade. “Defendemos que as empresas devem pagar também nos locais onde têm sucursais. Uma empresa não deve pagar a totalidade dos impostos onde tem a sede. E defendemos que as pequenas e médias empresas devem ser salvaguardadas com progressividade”.

António Pinho, do PP, admite que a redução da derrama poderia ser um sinal para os investidores. “Seria um sinal para os mercados estarmos unidos em torno do investimento. Percebemos as dificuldades gerais e também das Câmaras. Mas também das empresas. Não é o facto de incidirmos sobre os lucros que não é penalizador”.

Os deputados do PSD deram relevância ao facto da receita da derrama ser canalizada para a melhoria das condições, para a requalificação dos acessos às zonas industriais, dos terrenos, da capacidade humana e como fator de competitividade para atrair novas empresas.


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