Para o antigo ministro da Educação e Cultura, Augusto Santos Silva, não existem dúvidas. Do ponto de vista sociológico, os estudos indicam que, apesar do elevado crescimento do número de divórcios, a família continua a ser a instituição mais duradoura, considerando que esta tem na sociedade “um papel insubstituível”.
Augusto Santos Silva falava, anteontem à noite, em Anadia, num debate-reflexão sobre as realidades da “Família, Casamento e Sexualidade”, no âmbito da Missão Jubilar dos 75 anos da Restauração da Diocese de Aveiro, que decorreu na Igreja Nova de Anadia.
Apontando a importância das políticas públicas sociais no âmbito da família, Augusto Santos Silva não teve dúvidas em considerar que, estas, devem favorecer “as famílias sólidas e com filhos”, alertando para a necessidade de corrigir uma das “maiores debilidades” que é a baixa natalidade. Entre as medidas que considera importantes implementar, destacou a promoção, do ponto de vista fiscal, de benefícios para famílias com filhos; o estímulo à natalidade, “dando tempo aos pais para que acompanhem os filhos”; e o apoio directo através do abono de família.
No meio disto tudo, o antigo ministro fez questão de destacar a importância da conciliação do tempo dedicado à família, e o tempo dedicado ao trabalho, que “é cada vez mais extenso”. “Nesta matéria regredimos e é preciso urgentemente inverter esta tendência, em defesa da família”, sublinhou, chamando à atenção para o facto de, nesta matéria, “a Igreja tem aqui um papel muito importante, alertando a sociedade para esta evidência”.
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