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24-10-2013

Caso Maddie: PJ diz que novos indícios resultaram da reanálise de informação existente



Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) refere que o trabalho de reanálise decorreu durante os últimos dois anos e meio e "permitiu conhecer novos indícios" que impõem a continuação da investigação, "preenchendo os requisitos estabelecidos" no Código de Processo Penal para a reabertura do inquérito. "À semelhança do que sucede com todos os casos de crianças desaparecidas, não obstante o arquivamento formal do inquérito relativo ao seu desaparecimento, e como sempre foi publicamente afirmado, a PJ continuou a estar atenta a toda e qualquer informação susceptível de permitir conhecer o paradeiro da menor, as circunstâncias em que ocorreu o seu desaparecimento e a identidade do(s) seu(s) autor(es)", argumenta esta polícia de investigação criminal.
A PJ recorda que, em marco de 2011, por decisão do director nacional desta polícia, Almeida Rodrigues, foi atribuída a uma equipa de investigadores da Directoria do Norte a missão de "reanalisar todo o vasto conjunto de informação constante do inquérito", com o objectivo de identificar a informação "cujo aprofundamento se revelasse útil e possível".
Hoje, o Ministério Público anunciou a reabertura do inquérito sobre o desaparecimento da criança inglesa Madeleine McCann, depois de a Polícia Judiciária ter apresentado novos elementos. A PGR sublinha que a reabertura do inquérito surge na sequência de proposta da PJ e atendendo à "apresentação de novos elementos indiciários que justificam o prosseguimento da investigação".
A PGR não revelou quais os novos elementos de prova fornecidos pela PJ ao MP, limitando-se a dizer que, no inquérito, a decorrer em Portimão, "foi requerido ao competente Juiz de Instrução Criminal o adiamento do acesso aos autos por prazo objectivamente indispensável à conclusão da investigação, por se entender que se impõe o regime de segredo de justiça". Foi a 21 de Julho de 2008 que a PGR anunciou o arquivamento do inquérito relativo ao desaparecimento de Madeleine McCann, assim como o levantamento da condição de arguidos aos pais da menor inglesa e a Robert Murat (britânico que residia no Algarve), ressalvando que podia reabrir o processo caso surgissem "novos elementos de prova", o que agora ocorreu.
A 4 de Outubro, responsáveis da Scotland Yard divulgaram em Londres que a PJ já havia formado uma nova equipa para trabalhar nas linhas de investigação identificadas pela polícia britânica sobre o desaparecimento da criança. Na altura, soube-se que um grupo de seis agentes da delegação de Faro foi formado para assistir a unidade britânica responsável pela "Operação Grange" da Polícia Metropolitana, que está a rever todas as pistas relacionadas com o caso após a intervenção do primeiro-ministro britânico, David Cameron.
Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 03 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, num apartamento de um aldeamento turístico no Algarve, enquanto os pais jantavam com um grupo de amigos num restaurante próximo.
Portugal foi um dos 31 países a cujas respectivas autoridades foi enviada uma carta rogatória com um pedido de assistência relativo a elementos que a polícia britânica deseja ver esclarecidos, relacionados com pessoas ou dados telefónicos.


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