O Tribunal de Vale de Cambra vai julgar dois arguidos no caso da menina que, no ano passado, foi colhida mortalmente quando atravessou uma estrada sem passeio sem que nada o fizesse prever. Um deles é a avó da criança, de 82 anos, que tomava conta dela na altura do atropelamento; o outro, o condutor da viatura envolvida no atropelamento, de 25 anos.
Myriam Rebelo tinha apenas três anos quando, no dia 10 de Março, pelas 10 horas, correu, de forma repentina, para a faixa de rodagem da EN 224, no lugar de Algeriz, quando saía com a avó de um mini mercado. Nesse preciso momento, subia a rua uma viatura, em direcção a Arouca, cujo condutor tentou desviar a trajectória para a esquerda, não conseguindo, contudo, evitar o embate.
A pequena Myriam ficou gravemente ferida ao bater com a cabeça no capô do carro, sendo, de seguida, projectada. Foi transportada para o Hospital da Feira, mas, dado o estado crítico em que se encontrava, viria a ser transferida para o Hospital de S. João, no Porto, onde acabou por falecer três dias depois, na sequência de um traumatismo crânio-encefálico.