Está agendado para esta manhã no tribunal de Ílhavo o arranque do julgamento de um homem acusado de ter ateado fogo ao irmão, na Gafanha da Nazaré, causando-lhe a morte.

O suspeito fugiu do local. Agora responde por um crime de homicídio qualificado e outro de incêndio.

O alegado homicídio remonta à noite de 28 de Janeiro deste ano. O alerta foi dado como incêndio urbano.

Os bombeiros encontraram uma vítima carbonizada nos anexos que serviam de quarto de dormir numa habitação dos pais na rua Afonso Albuquerque, na Gafanha da Nazaré.

A GNR chamou a Polícia Judiciária por suspeitar de mão criminosa. O suposto autor, de 47 anos, foi visto por um seu irmão manuseando uma garrafa de combustível que terá usado para atear fogo à cama onde estava o falecido, também irmão, de 44 anos, de mobilidade reduzida.

O presumível homicida andou fugido até ser intercetado pela GNR em Ourém um dia depois do crime.

Familiares próximos associaram o comportamento violento do suposto incendiário a uma série de ameaças, recentes, que justificavam pela aproximação do inicio do seu julgamento por abuso sexual da sobrinha, do qual viria a ser ilibado.

O arguido, pedreiro no desemprego, tinha incendiado poucos dias antes os anexos causando apenas danos materiais. Os três irmãos habitavam o mesmo local.