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11-09-2013

Brasil movido a Neymar bate Portugal “órfão” de Ronaldo



Portugal encontrou-se muito cedo a ganhar ao país mais titulado do futebol, organizador do Mundial de 2014, graças ao golo marcado por Raul Meireles, aos 18 minutos, mas não conseguiu segurar por muito tempo a vantagem, nem a velocidade de Neymar, chegando ao intervalo já a perder por 2-1 e sem dar sinais de poder inverter a situação.
Depois de o defesa Thiago Silva ter restabelecido o empate aos 24 minutos, o avançado estrela da equipa sul-americana consumou a reviravolta aos 35, desembaraçando-se sozinho de metade dos atónitos jogadores da selecção lusa, e ainda deixou a sua marca no terceiro tento "canarinho", marcado por Jô no início da segunda parte, aos 49.
O treinador Luiz Felipe Scolari teve um reencontro feliz com a equipa lusa, que orientou durante cinco anos, entre 2003 e 2008, durante os quais levou pela primeira vez Portugal à final de uma grande competição, no Euro2004 - perdida para a Grécia em pleno Estádio da Luz -, além de ter atingido as meias-finais do Mundial2006, algo que só tinha acontecido em 1966.
O actual seleccionador brasileiro, que foi o técnico com mais jogos (74) e vitórias (42) na liderança da "equipa das quinas", procura ser tão bem sucedido na segunda passagem pelo comando técnico do "escrete" no Campeonato do Mundo que o Brasil vai organizar em 2014, depois de ter conduzido a equipa "canarinha" à conquista do título mundial em 2002.
Cristiano Ronaldo foi o grande ausente do jogo, devido a lesão, depois de ter concretizado o seu primeiro "hat-trick" por Portugal na sexta-feira passada, na importante vitória na Irlanda do Norte, o que lhe permitiu tornar-se o segundo melhor marcador da selecção, com 43 golos, ultrapassando Eusébio, que apontou 41.
Portugal apresentou praticamente o mesmo "onze" que alinhou de início na Irlanda do Norte, tendo o seleccionador Paulo Bento escolhido Nani para ocupar o lugar de Cristiano Ronaldo, enquanto Hélder Postiga, expulso em Belfast e, por força disso, afastado da importante recepção a Israel, foi substituído por Nelson Oliveira na frente de ataque.
Apesar da entrada promissora do Brasil, pertenceu a Portugal a primeira oportunidade de golo, aos 12 minutos, através de um remate de cabeça de Raul Meireles ao poste da baliza "canarinha", mas o médio foi mais certeiro pouco depois, aos 18, aproveitando uma oferenda de Maicon - que fez a melhor assistência possível, ao tentar endossar a bola ao guarda-redes Júlio César - para inaugurar o marcador.
A equipa sul-americana manteve-se tranquila e Neymar deu o mote ao rematar para defesa apertada do guarda-redes Rui Patrício, mas o golo brasileiro não tardou muito, marcado aos 24 minutos pelo defesa Thiago Silva, que beneficiou da passividade da defesa portuguesa para restabelecer o empate na sequência de um pontapé de canto.
Nani poderia ter recolocado Portugal na liderança, mas o desvio de cabeça do avançado saiu ligeiramente ao lado da baliza de Júlio César e foi o Brasil que consumou a reviravolta na jogada imediata, aos 35 minutos, por intermédio de Neymar, que ultrapassou sozinho metade da equipa portuguesa, antes de concluir com um colocado remate cruzado, fixando o 2-1 ao intervalo.
Neymar regressou com a mesma inspiração dos balneários, e foi de um bom passe da "estrela" brasileira para Maxwell que nasceu o terceiro golo, marcado por Jô aos 49 minutos, o que pareceu ter deixado a selecção brasileira "saciada" e lançou o jogo para uma segunda parte menos emotiva, apesar dos esforços de alguns jogadores das duas equipas.
Paulo Bento ainda arriscou no ataque, trocando o defesa João Pereira pelo ponta-de-lança Hélder Postiga, e mais tarde proporcionou a primeira internacionalização a Licá, que está a ter um início de época e de carreira impetuoso no FC Porto, mas sem resultados práticos e Portugal teve de resignar-se à 13.ª derrota frente ao Brasil, em 20 jogos, apesar de nenhuma em partidas oficiais.
A derrota com o Brasil surge no dia em que Portugal ficou mais longe do apuramento directo para o Mundial, mas mais perto dos "play-off", em consequência da vitória da Rússia sobre Israel, por 3-1, que colocou os russos no comando do grupo F de apuramento, mas também "afundou" Israel no terceiro lugar, ainda que, matematicamente, com possibilidade de ultrapassar a "equipa das quinas".


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