A Associação Portuguesa de Aquacultores (APA) decidiu apresentar uma queixa junto do Tribunal Europeu contra a Docapesca, pela imposição da primeira venda de peixe na lota (proveniente daquelas explorações) ser em último lugar, depois da pesca artesanal e do arrasto.
Face a esta posição, o presidente do Conselho de Administração da Docapesca, José Apolinário, disse ao Diário de Aveiro que tem “procurado estabelecer um diálogo e compromisso entre as associações representativas da pesca extractiva e da aquicultura, as quais têm, efectivamente, diferentes pontos de vista sobre a ordem de venda em lota”.
O administrador acrescenta que a Docapesca “prossegue o diálogo com as associações representativas dos interessados, até porque em muitos dos casos a venda de pescado de aquicultura é em pequenas quantidades”.
Refere-se, pois, à possibilidade de “obter um compromisso aceitável para produtores de aquacultura e pescadores da pesca extractiva, com a boa vontade de todos”.
Mas, segundo o secretário-geral da APA, Fernando Gonçalves, seria justo que a regra fosse por ordem de chegada à lota. O facto de poderem vender apenas em último lugar leva a que quando chega a vez dos aquacultores “já não há compradores”, disse ao Diário de Aveiro o secretário-geral. “Os compradores são os mesmos e não esperam pela aquacultura”, acrescenta.
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