O?BE defende que o Governo “retire a cobrança de portagens em toda a região”, com o pórtico da A25 junto ao estádio municipal de Aveiro à cabeça.
Esta reivindicação é feita através de um projecto de resolução que será debatido esta sexta-feira na Assembleia da República. No documento, que o partido apresentou ontem publicamente em Aveiro, os bloquistas requerem ainda que a tutela não introduza novas portagens nas antigas SCUT?que atravessam a região, nomeadamente no troço entre a capital de distrito e Ílhavo.
Para Pedro Filipe Soares, líder distrital e parlamentar do BE, a cobrança de portagens nas ex-auto-estradas sem custos para o utilizador serviu apenas para “retirar os riscos aos privados e passá-los para o Estado”.
As portagens são “um ataque à economia e às populações” e “um entrave à dinâmica económica” local, acrescentou Nelson Peralta.
A alternativa às taxas de circulação seria “enfrentar as regalias” das parcerias público-privadas, assinalou o candidato bloquista à autarquia aveirense.
Contrariamente à “passividade” do PSD e do CDS em Aveiro, que actuam como uma “agência local do Governo”, o BE optou por assumir uma “posição firme de rejeição das portagens”, disse Peralta, criticando a “ambiguidade” do projecto de resolução apresentado por sociais-democratas e centristas, também votado sexta-feira. O documento elaborado a meias por PSD e CDS “apenas pede que seja estudada uma alternativa ao pórtico do estádio”, observa o cabeça-de-lista do BE?às eleições deste ano.
“Esse pórtico deveria ser baptizado como o pórtico das promessas falhadas por parte de dirigentes de Aveiro do PSD e do CDS”, ironizou Pedro Filipe Soares, condenando que anteriores compromissos eleitorais dos dois partidos que suportam o Governo não tenham sido respeitados.
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