Segundo a PJ, os suspeitos adulteravam produtos petrolíferos para depois os colocarem à venda ao público como sendo genuíno. A suposta organização, composta por empresários e funcionários, não liquidava os devidos impostos - (Imposto Sobre Produtos Petrolíferos; IVA e IRC) -, o que gerou um prejuízo para os cofres do Estado estimado em dois milhões e 300 mil euros, por ano de actividade.
A operação "Moscatel" decorria há cerca de dois anos, esteve a cargo da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e culminou com a realização de cerca de três dezenas de buscas em residências, escritórios de firmas comerciais e de transportes de combustível e bombas de gasolina na zona de Estoril, Azeitão, Almeirim, Santarém, Azambuja e Pombal.
Em comunicado, a PJ acrescenta que os detidos estão indiciados pelos crimes de fraude fiscal qualificada, fraude sobre mercadorias, introdução fraudulenta no consumo de produtos petrolíferos e falsificação de documentos.
Além disso, são ainda suspeitos de eventual associação criminosa com vista à prática de crimes tributários e branqueamento das vantagens provenientes da actividade criminosa, no sector petrolífero.
Na sequência da operação, a PJ procedeu à selagem do local de abastecimento de combustível e apreendeu perto de cem mil litros de combustível adulterado, várias cisternas de transporte, trinta mil euros, perto de dez mil libras e documentação variada como registos offshore.
Os três detidos vão ser hoje presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coacção.
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