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05-02-2013

Acusada de atropelamento com fuga começou a ser julgada



A mulher que, em Junho de 2011, terá atropelado mortalmente um peregrino, colocando-se em fuga sem lhe prestar assistência, começou, ontem, a ser julgada no Tribunal de S. João da Madeira.
D. Fernandes, de 44 anos, residente em Pindelo (Oliveira de Azeméis), é acusada da prática dos crimes de homicídio por negligência e omissão de auxílio. Na altura, admitiu ter embatido num objecto, que julgou ser um tijolo ou uma pedra. Não parou, terá dito à guarda, “por estar escuro e ter medo”.
Ontem, a mulher, reformada por invalidez, não quis prestar declarações, alegando não ter “condições para falar”, uma vez que está “traumatizada e a tomar calmantes desde esse dia”.
O atropelamento fatal ocorreu no dia 4, cerca das 5.30 horas, no IC2. A mulher, que regressaria de um estabelecimento de diversão nocturna, circulava no sentido Norte/Sul quando, alegadamente, junto à saída para S. João da Madeira (Norte), o seu Opel Corsa abalroou um ciclista peregrino.
Ilídio Costa, de 62 anos, saíra alguns minutos antes de Lourosa, de onde era natural, com destino a Fátima. Atrás de si seguiam os seus companheiros de viagem, que não testemunharam o acidente. O homem foi, inicialmente, socorrido por um militar da GNR de S. João da Madeira, que se apercebeu de que o sinistrado ainda tinha sinais vitais. Contudo, acabaria por falecer no local.
A vítima mortal encontrar-se-ia na via de desaceleração no momento em que se deu o choque brutal. Segundo o Ministério Público, após o embate, o peregrino foi projectado contra o pára-brisas do carro. A suspeita, a quem a família do peregrino pede uma indemnização a rondar os 300 mil euros, terá abandonado, depois, o local, “abstendo-se de prestar auxílio”, refere o mesmo documento.


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