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28-04-2010

Partidos políticos dizem que há falta de articulação no Executivo Municipal.


Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Aveiro discordam da passagem de mãos do processo do dossier do prédio com dois pisos ...

Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Aveiro discordam da passagem de mãos do processo do dossier do prédio com dois pisos acima do permitido na Avenida Dr. Lourenço Peixinho, em Aveiro. Recorde-se que o processo estava sob a responsabilidade do vereador Miguel Fernandes, mas Élio Maia, presidente da Câmara de Aveiro, decidiu chamar a si o processo para que, segundo nota camarária, a autarquia não saísse prejudicada com a demolição.

Marques Pereira afirma que não há articulação no Executivo Municipal de Aveiro. O deputado do PS diz mesmo que Élio Maia mostra não ter liderança e que deveria ser mais cuidadoso com alguns pelouros da Câmara Municipal: “Então Miguel Fernandes e Élio Maia não conversam antes da Reunião de Câmara para articular os processos que lá vão e para que haja um consenso, pelo menos, no seio da maioria?! É uma total desarticulação. Élio Maia não teve qualquer tipo de liderança, enquanto que Miguel Fernandes, nestas semanas, andou a tratar de arranjar uma empresa para fazer a demolição. O presidente da Câmara deveria ser mais cuidadoso, nomeadamente, no pelouro da Gestão Urbanística e da Gestão Financeira”.

Ivar Corceiro, do Bloco de Esquerda, acredita que a retirada do processo das mãos do vereador Miguel Fernandes desacredita a coligação “Juntos por Aveiro”: “Quero que fique registada a vontade do BE em ver demolidos os dois pisos. O que aconteceu é grave porque descredibiliza a coligação «Juntos por Aveiro». Acho que é importante saber se o que se faz em Aveiro tem de se adaptar à lei que existe ou a lei é que tem de se moldar às asneiras que já se fizeram”.

Manuel Coimbra, do PSD, diz que o presidente da Câmara de Aveiro chamou a si o processo para que nem a autarquia, nem a cidade, saiam lesadas: “Aquilo que o presidente da Câmara fez não é mais do que chamar a si um processo e fazer com que este processo possa ter, realmente, o fim que todos esperamos que tenha, que é a demolição dos dois pisos a mais, de um modo em que nem a autarquia, nem a cidade fiquem lesadas. Outros contratos, outras obras e outras acções foram tidas no passado em que depois era pior a emenda que o soneto. Temos de ter consciência e coragem para na altura certa podermos fazer bem as coisas e é isso que o Executivo Municipal, como um todo, está a fazer”.

O debate na última edição do programa “Canal Central”.


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