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19-04-2010

Polis Ria em luta contra o tempo pelo financiamento.


O Polis Ria de Aveiro ainda não tem financiamento assegurado e a captação de fundos para suportar o programa de 96 milhões de euros é ...

O Polis Ria de Aveiro ainda não tem financiamento assegurado e a captação de fundos para suportar o programa de 96 milhões de euros é uma luta contra o tempo. Ideia transmitida pelo presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro na sessão de apresentação do relatório ambiental preliminar e do Plano Estratégico de Intervenção de Requalificação e Valorização da Ria de Aveiro.

O autarca de Ílhavo diz que é necessário ser ágil. “O sustento financeiro não está garantido. Está referenciado”, admitiu o autarca. Para Ribau Esteves é preciso agilizar processos e ganhar tempo. Diz mesmo que há passos que se repetem de estudo para estudo e que poderiam ser dispensáveis. “Pessoalmente acho este relatório dispensável. Não me trouxe, a mim, que conheço o plano intermunicipal de ordenamento e todos os estudos que foram obrigatórios fazer. Por mim, dispensava o relatório ambiental. Mas eu sou uma formiga no meio do processo”, sublinha o autarca.

Ribau Esteves reforçou a importância de agir com um plano de acção e lembrou a urgências das intervenções do Polis Ria de Aveiro. Críticas aos impactos das intervenções a cargo do porto de Aveiro, falta de referências à agricultura, falta de referências ao sal, falta de estudos de hidrodinâmica prioridades às populações e agilização das intervenções foram algumas das ideias-chave defendidas pelos participantes na sessão pública.

Na plateia reuniram-se representantes de autarquias locais, associações e académicos. Todos pediram um cunho mais prático aos documentos. E uma boa parte referiu-se aos impactos do porto de Aveiro. Santos Sousa pediu mais cautela em futuras intervenções. “Cada vez que o porto faz dragagens há influência na ria”, disse o autarca da Murtosa.

Casimiro Calafate, presidente da Junta de Freguesia de Cacia, lamenta os efeitos da salinização no Baixo-Vouga. “É sobretudo pelo problema da destruição da biodiversidade”, acusa o autarca de Cacia. Perguntas e respostas numa sessão aberta sobre a Consulta Pública para efeitos de Avaliação Ambiental Estratégica, do Relatório Ambiental Preliminar e do Plano Estratégico de Intervenção de Requalificação e Valorização da Ria de Aveiro.

Para Teresa Fidélis, presidente da sociedade Polis Ria, o programa vai permitir o avanço em matérias como estudos de hidrodinâmica. “A ria está muito viva. Poderá não estar da mesma forma que há 20 anos mas há evidências de que a ria é um ecossistema muito vivo”, enfatizou. Teresa Fidélis defendeu os autores do estudo e diz que temas como o salgado, a agricultura e as actividades tradicionais da ria não estão esquecidas.

Os documentos estão disponíveis para consulta nas autarquias, nas sedes do Polis Litoral Ria de Aveiro, da Administração da Região Hidrográfica do Centro, em Coimbra e Aveiro, da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro – Baixo Vouga, nas instalações do Instituto de Conservação da natureza e da Biodiversidade, na Reserva Natural da Dunas de S. Jacinto, bem como na internet em www.polisriadeaveiro.pt.


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