Não é claro o futuro das famílias que habitam no bairro histórico da Vista Alegre e que receberam cartas de despejo. Em reunião mantida entre Câmara de Ílhavo e Visabeira, Ribau Esteves diz que o objectivo da empresa é cuidar do património e verificar as condições de uso das casas de acordo com a lei.

Nos casos em que o realojamento venha a ser colocado como obrigatório, o autarca diz que serão atendidas as situações sociais: “Tudo isto exige o devido recato para que tudo corra com qualidade e que trate bem, em todas as componentes, cada uma das 38 situações que estão em cima da mesa da Vista Alegre. Os casos que necessitarem de um trabalho de natureza social, e não são todos, já que há alguns engenheiros e médicos, por acção da empresa e por acção conjugada com a Câmara Municipal serão devidamente cuidados. Esse cuidado pode querer dizer ficar numa casa do bairro ou um apoio ao realojamento”.

A Vista Alegre aposta na gestão patrimonial com recuperação do bairro. Ribau Esteves garante que o futuro passa pela recuperação das habitações mantendo a traça: “A Câmara Municipal assumiu, embora o tenha feito em acordo com a Vista Alegre, e as sucessivas administrações têm confirmado esse acordo, que a manutenção da traça arquitectónica do Bairro da Vista Alegre é um valor intocável e qualquer operação que lá vá a ser feita passa sempre por este pressuposto”.

Empresa e Câmara de Ílhavo dizem que este é um dossier que exige recato.