O novo plano de viabilização da Rohde, multinacional de calçado, localizada em Santa Maria da Feira, prevê apenas a manutenção de 150 dos 980 postos de trabalho. Uma situação que não agrada nem ao Sindicato nem aos trabalhadores, uma vez que para além da redução dos postos de trabalho, o plano não define o o valor das indemnizações que totalizam 13 milhões de euros a pagar através da liquidação de património.

Recorde-se que a proposta inicial da administração passava pela manutenção de 450 empregos e pagar 40% das indemnizações. Para sábado, está agendada uma reunião na sede do Sindicato do Calçado, em S. João da Madeira.

Entretanto, a União de Sindicatos de Aveiro já veio manifestar publicamente o seu apoio aos trabalhadores, culpando o Governo pela actual situação da Rohde. Recordam que a empresa “contou com apoios financeiros do Estado e da Segurança Social”, com o objectivo de evitar os despedimentos.

“Não obstante os apoios financeiros, das contínuas promessas de garantia dos postos de trabalho, a empresa encontra-se actualmente envolvida num nebuloso processo de insolvência. Há um mês, a solução para a viabilização passava pela garantia da manutenção de 50% dos postos de trabalho, para virem ontem falar apenas em 150”, refere comunicado da União de Sindicatos de Aveiro.