A Câmara de Aveiro dispõe a partir de hoje de uma nova ferramenta que irá ajudar a criar habitações de custos controlados no município. O programa “Habit’Aveiro” pretende ser o primeiro passo para permitir que muitos aveirenses possam ter casa própria. O programa destina-se, sobretudo a jovens até aos 35 anos, que tenham um rendimento mensal inferior aos mil euros. Élio Maia, presidente da Câmara de Aveiro acredita que desta forma a autarquia está a criar uma solução para as quase 500 famílias em situações de carência habitacional.

“Temos ainda 500 famílias em situação de carência e que ainda não conseguiram realizar o sonho de terem casa própria. Este programa tem por isso como objectivo criar condições para, através desta via dos custos controlados, permitir que os mais jovens e pessoas com menos posses, consigam realizar esse sonho”, disse o autarca aveirense. No âmbito deste programa que envolve a Câmara de Aveiro, o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, e parceiros privados que queiram construir empreendimentos de custos controlados, a autarquia contribui com isenção das taxas municipais, reduzindo assim o custo final das construções, permitindo preços mais baixos para as casas.

“A Câmara deixa de receber taxas neste tipo de construção. É o nosso contributo. Este programa está aberto a qualquer empresa que queira investir. Agilizamos o processo e contribuímos, então, com a redução das taxas”, explicou Élio Maia.

No final do primeiro semestre de 2010 irá surgir o primeiro empreendimento construído ao abrigo deste programa. Será na freguesia de Esgueira e conta com um investimento total de quatro milhões de euros. Numa primeira fase serão construídos 48 apartamentos (6 de tipologia T4, 16 T3, 26 T2), ficando para uma segunda fase mais 14 apartamentos T1.Os preços das casas variam entre os 70750 mil euros para os T2, 82650 para os T3 e 97250 para os T4.

Maria da Luz Nolasco, vereadora com o pelouro da Acção Social, lembrou ainda que este não é o único programa que a autarquia tem em mãos, no que toca à habitação social. No orçamento para 2010 está previsto um investimento de 500 mil euros nesta área e um dos objectivos da autarquia é construir habitações unifamiliares nas várias freguesias do concelho, uma forma de dar resposta às carências habitacionais e acabar com os típicos bairros sociais.