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15-11-2012

Aveiro: ADERAV demarca-se de grande parte dos projetos do parque da sustentabilidade.


Parceira da Câmara de Aveiro no Projeto Parque da Sustentabilidade, para o qual propôs o restauro das igrejas de Santo António e São ...

Parceira da Câmara de Aveiro no Projeto Parque da Sustentabilidade, para o qual propôs o restauro das igrejas de Santo António e São Francisco, a ADERAV vem agora a público assumir a crítica a grande parte das intervenções feitas no âmbito do projeto. Mesmo admitindo que o resultado final possa ser menos gravoso, sublinha que o processo tem sido marcado por um “estado de desgraça”.

A Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro interroga-se sobre os caminhos para onde caminha a sustentabilidade do Parque Infante D. Pedro. Diz que tem estado atenta ao que se está a passar com os espaços verdes da cidade de Aveiro e teme que depois da retirada do verde do Bairro do Alboi, o projeto siga com a “decadência do Parque Infante D. Pedro”.

A crítica aborda a demolição do ringue do parque como “a gota de água” e sai em defesa de um espaço que a pretexto da ponte pedonal poderá destruir as ligações da população à cidade. “No final não haverá ponte que ligue os aveirenses a esta autarquia que insiste em delapidar património”, salienta a ADERAV em nota divulgada na última noite.

Para a associação é curioso que o “processo de degradação” esteja rotulado com a palavra “sustentabilidade” quando “os espaços verdes desta cidade atravessam um período cinzento”.

“Os meios para atingir os fins, que se vislumbram distantes, são lamentavelmente desastrosos, como se passassem elefantes por uma loja de porcelanas e sem que os fundamentos de tais decisões sejam devidamente explicitadas aos cidadãos aveirenses, legítimos detentores do direito de usufruto de tais espaços”.

Sobre o parque Infante D. Pedro, a ADERAV diz que o “pulmão verde” da cidade “está canceroso”, com “amontoados de inertes”, “lama”, “tubos”, “caminhos intransitáveis, vedados ou simplesmente fechados ao público”, “bancos partidos”, “lago sujo e desinteressante”, num cenário distante “dos tempos áureos de Lourenço Peixinho”.

Mesmo que no final o espaço fique mais cuidado, a ADERAV realça os prejuízos de um tempo que ficará na memória dos turistas que visitam a cidade nesta altura.


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