Os alunos do mestrado em Medicina na Universidade de Aveiro dizem não ter, ainda, tomado uma posição oficial sobre o relatório da Comissão de Avaliação Externa, que “chumbou” o curso de medicina, uma vez que aguardam a apresentação de soluções que o Reitor da Universidade de Aveiro procura para relançar o curso.

Tiago Borges Batista comenta, desta forma, o pedido da Ordem dos Médicos para o encerramento do curso no final do semestre com a distribuição dos alunos por outras faculdades do país. O presidente do núcleo de estudantes diz que os alunos são mais interessados deixando em aberto todas as soluções.

“Temos reunido regularmente com a reitoria. Aguardamos com muita apreensão o que pode acontecer. É o nosso futuro que está em jogo. É preciso sublinhar que fizemos muitos sacrifícios para estar neste curso e a prioridade não deve ser se vamos ser recolados na escola a ou b ou c. Queremos continuar a mostrar resultados acima da média. Estamos à espera que haja uma decisão sobre o nosso futuro. Temos que ter estabilidade para continuar os estudos seja em Aveiro ou noutro sítio”.

Os alunos de medicina esperam que as soluções sejam colocadas em cima da mesa durante a próxima semana. “Neste momento estamos à espera das propostas que o senhor reitor nos possa por em cima da mesa. Aguardamos notícias das outras universidades, de um possível consórcio ou possível recolocação. Até agora ainda não temos informação. Vamos ver se na próxima semana já há mais definição sobre o nosso futuro”.

A Ordem dos Médicos quer o encerramento do curso de medicina mas os alunos ainda não dão este processo como fechado. Lembram que o trabalho efetuado até ao momento, mesmo sem a participação do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar no consórcio com a Universidade de Aveiro, tem sido feito de exigência e rigor.

“A exigência tem sido muito alta e temos respondido da melhor maneira. Achamos que é um curso novo e como todos os processos novos é natural que surjam obstáculos. Estamos confiantes que todas as pessoas envolvidas, desde tutores a médicos - são mais de 100 -, nos hospitais de Aveiro, Viseu e Feira, e em todas as unidades de saúde, estão muito motivados e entusiasmados. Temos sentido isso e têm passado o melhor da formação médica que possa existir. Mas é normal que haja resistências a um curso que é novo”.