O debate sobre a taxa da proteção civil ficou adiado para a próxima reunião e a noite foi dedicada ao relatório do Revisor Oficial de Contas e ao relatório mais recente do Plano de Saneamento Financeiro. Do relatório do Revisor chegou a surpresa que baralhou os partidos da oposição. A Câmara de Aveiro está a conseguir reduzir o passivo.

A oposição ficou “engasgada” com as melhorias financeiras da Câmara certificadas no relatório do revisor oficial de contas do primeiro semestre do ano, sobretudo por conta da redução do endividamento total, em cinco milhões de euros, e um resultado líquido que passou de negativo a 3,1 milhões de euros positivos.

O comentário do líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal acabaria por “incendiar” a esquerda, que até tinha deixado nota positiva ao desempenho camarário. Filipe Guerra, do PCP, foi o primeiro a desentupir. “Não nos engasgamos nada quando temos que dis cutir o que tivemos de fazer, com que custos e sacrifícios, para se conseguir uma ligeira redução da dívida. Agora nem é clara a dimensão da dívida”.

O contraponto à gestão do PS motivou reparos de Francisco Picado que espera pela segunda metade do ano para fazer as contas finais. “Já que o deslumbre é tanto aproveitava e marcava eleições para o que mês que vem esperando que o presidente lá esteja a aproveitar esse momento bom da Câmara”.

Manuel António Coimbra terminou a insistir na provocação política.””Alguns acham que esse momento positivo é para durar. Eu incluo-me nesses. Mas outros acham que o período não vai durar. O futuro dirá quem tem razão”.

O PSD não resistiu à tentativa de tirar proveitos da tendência de melhoria observada nas contas municipais.