Os partidos com assento na AM de Aveiro admitem não ter ainda informação que permita uma opinião mais fundamentada sobre a não adesão ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). Dos partidos de Esquerda chega até o sinal de apoio.

Filipe Guerra (PCP) diz que não há muito a dizer mas considera que a medida pode estar correta uma vez que a autarquia alegou que os credores não são de Aveiro e a economia local não seria ajudada. Além disso, lembra que as contrapartidas do financiamento seriam penalizadoras para a população. “Se foi esse o argumento usado parece-me que pode fazer sentido”.

Odete Costa (BE) diz que pode nem ser pelos melhores motivos mas a decisão é positiva porque evita mais medidas de austeridade sobre os aveirenses. “Não podemos continuar a somar austeridade à que existe. Felicito a decisão da reunião de Câmara em que desistiram do PAEL, embora talvez não pelos motivos que apresentam mas para continuar com a política de parcerias público-privadas”.

Eduardo Feio (PS) aguarda pela entrega de informação em documentos oficiais que permitam uma tomada de posição dos partidos da oposição.

“Temos que as ver concretizadas no papel. A Câmara foi buscar um empréstimo de 58 milhões, num quadro de desequilíbrio conjuntural, e por aquilo que ouvi se tivesse que ir ao PAEL teria que ir em desequilíbrio estrutural. Ou seja, a situação tinha-se degradado. Não sei se a Câmara algum dia vai entregar um documento que fundamente isto. Esperamos que o faça. Isso pode ser positivo ou negativo”.

Quanto ao PSD, Manuel Coimbra aguarda uma resposta concreta sobre a não adesão. Mas admite que a adesão seria penalizadora para os aveirenses.

“Fiz essa questão na última AM e a resposta foi vaga. Espero que haja uma resposta mais concreta. O que se sabe é que ia ser muito penalizador para os contribuintes se a Câmara fosse buscar esse empréstimo. Optou por renegociar com as empresas credoras despesas do tempo do PS. Vamos ver se consegue a renegociação”.