Dez estudantes receberam ontem das mãos do Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, José Eduardo de Matos, bolsas de estudo do ensino superior referentes ao ano letivo 2011/12. A sessão de entrega decorreu no edifício dos Paços do Concelho. “Mantivemos os valores globais de cinco mil euros com a atribuição de dez bolsas de estudo, um gesto e uma verba importante e simbólica mas que contribui para que os estudantes possam concretizar até ao final o seu sonho e a sua vontade”, afirmou o Vereador da Educação da autarquia, João Alegria. É assim atribuído um valor mensal de 50 euros, durante 10 meses, o correspondente ao ano escolar, perfazendo um apoio total de 500 euros por estudante. Como contrapartida da atribuição da Bolsa de Estudo, cada bolseiro deverá prestar, em regime de voluntariado, duas semanas de serviço à comunidade. “Durante 70 horas trabalharão na comunidade, nos serviços da autarquia ou instituições. É uma contrapartida pelo benefício que a comunidade lhes dá e que eles devem retribuir”, explica o responsável lembrando que a experiência do ano passado, nas escavações no Castro de Salreu, foi bastante positiva e do agrado dos estudantes. José Eduardo de Matos enfatizou a responsabilidade acrescida que os contemplados passam a ter e a confiança que neles investe a comunidade ao suportar estas bolsas através da Câmara. O autarca apelou a que participem mais no desenvolvimento de Estarreja com as capacidades que estão a adquirir. Ana Luz participou nos trabalhos em Salreu e apesar de relutante ao início, reconhece que aprendeu e abriu horizontes com a partilha de conhecimentos. Este é o segundo ano que beneficia da bolsa e está preparada para prestar serviço à comunidade, não encarando esse lado da moeda como uma obrigação. Mostra-se agradecida pela oportunidade uma vez que o seu curso de design é “dispendioso” para o orçamento familiar. Por isso este apoio “é sempre uma mais-valia”, afirma a estudante da Universidade de Aveiro, 20 anos, que fez as contas aos gastos anuais e que podem ultrapassar os quatro mil euros. Manter um estudante na universidade, com a agravante de estar deslocado na Covilhã, como é o caso de Gabriel, representa um “sacrifício muito grande”, sublinhava a mãe do estudante, Cecília Pinho, e “esta bolsa vem mesmo a calhar” dando um novo fôlego à família. “Ajuda a fazer face à situação que estamos a passar. Os ordenados são baixos e o apoio é muito bom”. |