O PCP considera suspeitas as falhas no serviço informático e associa essas quebras à “restrição no acesso aos meios de diagnóstico e de tratamento no Hospital de Aveiro”.
A questão foi levada ao conhecimento do Ministro da Saúde pelo Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República assente em “dados que chegam de muitos utentes indicam que a administração do Hospital Infante D. Pedro em Aveiro, coagida pelos cortes orçamentais e pela possível criminalização da sua gestão, se eventualmente exceder os tetos de despesa, estará a impedir e recusar o tratamento de doentes, nomeadamente doentes oncológicos”.
Diz que este quadro está a obrigar a adiar o início dos tratamentos para além do prazo estabelecido. Para o PCP trata-se de “estratégia” que “visa desmobilizar os clínicos de tentar tratar estes doentes no Hospital onde se encontram, promovendo a sua transferência para os IPO ou outras unidades”.
O futuro das consultas de oncologia é também questionado pelo PCP que admite como consequência deste cenários a transferência de “doentes para outras unidades”.
Segundo a nota do PCP, divulgada esta manhã, haverá também dificuldades ao nível da prescrição de exames complementares de diagnóstico obrigando o médico responsável, quando confrontado com a recusa e pensando no superior interesse do doente, a “falar com a administração que lá acaba por aceitar o pedido de exame”.
O PCP diz que o quadro apresentado é o resultado dos cortes na saúde e “da política capitalista neoliberal” que conduz à degradação do Serviço Nacional de Saúde abrindo caminho à “privatização do sector como a única solução”. |