A Concelhia Socialista de Ílhavo considera que a assessoria jurídica prestada por Rui Dias à Câmara de Ílhavo, agora que ocupa simultaneamente o cargo de líder da Concelhia Social Democrata de Ílhavo, é situação “legítima e legal” mas que pode configurar-se “questionável em termos de ética política”.

Depois da troca de palavras entre a JS e o PSD, o Presidente da Concelhia Socialista confirma que esteve na iniciativa do 25 de Abril, levada a efeito pela JS e adianta que as referências aos custos da assessoria “foram todas extraídas das informações que a própria Câmara prestou através do seu relatório de contas do respectivo exercício de 2011, pelo que se houvesse mentiras ou incorrecções então essas seriam oriundas do trabalho do executivo do PSD”.

José Vaz (na foto) recordou um episódio do passado para lembrar que o PSD, na altura em que o Presidente da Câmara era Humberto Rocha, criticou a contratação de dois assessores, um para a área jurídica e outro para a juventude, “sendo o vencimento deste, de 700 euros criticado pelo PSD que mereceu comunicados de imprensa e folhetos A5 distribuídos porta a porta pelo Município”. José Vaz diz que foi visado nessa altura como assessor e “não tinha qualquer vínculo e ligação em termos partidários”. Diz que a resposta de Rui Dias e a forma como acolheu a crítica sobre os 33,6 mil euros ao ano que aufere por serviços prestados à autarquia “prova de que o PSD não convive bem com a crítica”.

O ambiente entre Concelhias parece entrar em ambiente crispado com José Vaz a dizer “que pese embora as diferenças de opinião, nunca vi tal comportamento em anteriores líderes do PSD”.