Voluntários do canil municipal prometem contestar, hoje, em Assembleia Municipal a proibição de acesso ao espaço. Já fizeram chegar à Câmara de Aveiro uma carta em que protestam contra a decisão.

Dizem que a autarquia não se deve escudar na Direção Geral de Veterinária e que “deveria preocupar-se em primeiro lugar em cumprir o que é disposto por Lei, o que pelo contrário tem sido ignorado ao longo de décadas, não tendo ainda começado a implementar as referidas mudanças físicas exigidas recentemente pela própria DGV, à excepção da vacinação e chipagem”.

Os voluntários referem que têm assumido o transporte de animais doentes para a clínica veterinária ao longo do último ano, “bem como a recorrer a este serviço quando existem animais em fase terminal e em sofrimento, cujo humanismo para com o sofrimento dos mesmos exige que sejam adormecidos para que o seu sofrimento termine”.

Para os voluntários, a proibição é um ato de retaliação. “O pegar na referência da DGV quanto à presença de pessoas estranhas ao serviço é um acto de retaliação que não enobrece esta Autarquia, nem quem a preside. É considerado pelos voluntários como retaliação por pretenderem que a Lei fosse aplicada e os direitos dos animais salvaguardados”. A carta termia com o desafio para que Élio Maia visite o local para se inteirar da realidade.

Recorde-se que os sete voluntários que regularmente ajudam no canil municipal de Aveiro terão sido impedidos de continuar a ajudar, na passada terça-feira, pelo funcionário que lhes mostrou uma ordem que não permita a sua entrada nas instalações.