A Câmara de Aveiro procedeu na passada semana ao abate de choupos no Largo Conselheiro Queirós, praça central do bairro do Alboi, uma vez que as árvores revelavam “situações de fragilidade muito preocupantes que poderiam pôr em causa a segurança das pessoas e bens”.
O movimento cívico Amigos d’Avenida publicou segunda-feira no seu blogue várias fotos do local com a legenda “Mais de quinze árvores abatidas no Jardim do Alboi no âmbito do Parque da Sustentabilidade”. Ontem, e perante as explicações da autarquia, José Carlos Mota, um dos principais dinamizadores do grupo de cidadãos, perguntou: “Foram abatidas mais de quinze árvores. Estavam todas em situação de fragilidade muito preocupante?”
Invocando um “parecer dos técnicos da autarquia”, o município governado pela coligação PSD/CDS garante que as árvores “apresentavam um estado fitossanitário degradado, com podridões severas que se transformaram em ocos profundos ao nível do tronco”.
De acordo com a Câmara, a “resistência da madeira e da estrutura das árvores” estava comprometida, havendo o risco de os choupos “entrarem em colapso” e tombarem.
“Atendendo aos sinais de debilidade e ao estado de degradação e falência vegetativa destas árvores, a opção pelo seu abate procurou evitar situações que colocassem em perigo os cidadãos que habitam e que frequentam o Largo Conselheiro Queirós”, refere a edilidade chefiada por Élio Maia. Que, para o provar, publicou no seu “site” fotos tiradas após o corte que “evidenciam o estado de degradação referido”.
Segundo a autarquia, serão plantados na praça 24 tulipeiros no âmbito do projecto de requalificação previsto para o bairro do Alboi, no quadro do programa de regeneração urbanística Parque da Sustentabilidade.
O município acrescenta que o ulmeiro que actualmente se encontra no centro do Largo Conselheiro Queirós irá ser transplantado para o Parque Infante D. Pedro, no sítio onde já existiu uma árvore igual.