“Ilegal” do ponto de vista jurídico, por isso, passível de impugnação, e “inoportuno” dado o contexto económico atual. A taxa turística que a Câmara de Aveiro quer cobrar por dormida está a enfrentar forte contestação.
Luís Veiga, um dos hoteleiros que foi a Aveiro prestar solidariedade aos empresários do setor, admite que está criado um foco de polémica. “Os presidentes passam à frente dos hotéis, veem carros e pensam que estamos a ganhar muito dinheiro”.
A edilidade espera reverter os cerca de 100 mil euros a cobrar anualmente junto das 13 unidades locais na “alavancagem” de investimentos diversos, nomeadamente melhoria do espaço público e promoção turística.
Cristina Siza Vieira, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), teme não só a perda de competitividade como o efeito contágio da taxa inédita no país. “Não é um euro que desmotiva a pessoa de ficar um dia mas é um euro que desmotiva um grande congresso que se faça por 5 dias. É uma questão de competitividade”.
Pedro Machado, presidente do Turismo Centro, juntou a sua voz aos contestatários. “Não iremos beneficiar dos proveitos nem contrariar a sazonalidade”.
A autarquia não comenta para já as críticas nem deu sinais de recuar. O regulamento aguarda aprovação final depois de um inquérito público muito conturbado. |