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28-12-2011

Partidos preocupados com custos da ajuda externa e divididos quanto às causas da crise.


Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Aveiro consideram que é importante o país assumir compromissos mas admitem que ...

Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Aveiro consideram que é importante o país assumir compromissos mas admitem que Portugal poderá precisar de rever prazos e taxas de juro. Essa a opinião manifestada por Jorge Greno. O presidente da concelhia de Aveiro do PP comentava o teor da ajuda externa e os compromissos assumidos pelo país.

“A situação é complicada. Entendo que devem ser feitos todos os esforços para cumprir as nossas obrigações mas também temos que estar conscientes que pode não ser possível. Não é marimbar para o pagamento mas pensar que outras situações pode haver para o pagamento”.

Filipe Guerra, do PCP, diz que não é com austeridade que se resolvem os problemas e concorda que os juros praticados nos empréstimos ao país merecem uma reacção. “Acho que Portugal deve por-se a salvo de juros usurários praticados por alguns dos bancos que emprestaram dinheiros ao país".

Manuel Coimbra, do PSD, considera que o momento vivido é consequência das políticas seguidas nos últimos anos em particular durante a gestão de José Sócrates. “Há que precaver o futuro. O que os governos do PS não fizeram foi precaver estas situações. Há crise na Europa mas crise maior em Portugal. Um país doente sofre mais as consequências de uma crise europeia”.

Eduardo Feio, do PS, não aceita que a culpa seja colocada exclusivamente no ex-Primeiro Ministro e diz que se o clube dos países com défice elevado fosse uma enfermaria, então Portugal estaria bem acompanhado. “O país doente está muito bem acompanhado na enfermaria da Europa. É um vírus que faz adoecer a 8º economia do mundo, a Itália, a França também pensa na sua vida. A doença é global. Não vale a pena atacar o Governo anterior”.

Estas declarações foram proferidas na última edição do programa “Canal Central” em 2011.


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