A diocese de Aveiro anunciou hoje a adjudicação da empreitada para a construção da Casa Sacerdotal, para acolher os padres mais idosos, num investimento superior a 1,5 milhões de euros.
“O contrato com o empreiteiro vai ser assinado no dia 13, mas a obra já começou a dar os primeiros passos com a montagem do estaleiro”, disse à Lusa o padre João Paulo, do Seminário de Santa Joana Princesa, dono da obra.
A empreitada tem um prazo de execução de 15 meses, pelo que deverá estar terminada em Setembro de 2012.
O bispo de Aveiro, António Francisco, realçou, numa nota pastoral, que as razões que motivaram a promover esta iniciativa são “cada vez mais prementes”.
“A idade avança para todos, as necessidades surgem nas mais diversas circunstâncias, muitas vezes de forma surpreendente e inesperada, as expectativas estão criadas, a generosidade, manifestada em gestos muitos belos, foi despertando um pouco por todo o lado e urge que as esperanças e os sonhos de ontem possam ser realidade já amanhã”, explicou o prelado.
O padre João Paulo adiantou que não há uma lista de espera, mas admite que existem “muitas necessidades assinaladas e algumas urgentes”, numa diocese onde a média de idades dos padres ronda os 55 anos.
A Casa Sacerdotal será construída junto ao Seminário da diocese, a quem pertencerá o novo edifício construído, assim como a sua direcção e orientação no futuro.
A casa estará dotada com 20 quartos individuais para os padres e cinco quartos duplos para os seus acompanhantes.
“Os utilizadores serão principalmente padres idosos, reformados, mas também padres que ainda estejam no ativo e que não tenham uma residência paroquial”, explicou o padre João Paulo.
O bispo de Aveiro anunciou pela primeira vez à diocese a intenção de construir a Casa Sacerdotal em Aveiro em 2008, referindo-se ao projecto como sendo “um santuário de gratidão da diocese aos seus sacerdotes”.
Para a concretização desta obra, António Francisco conta com a colaboração e generosidade de toda a comunidade.
Apesar dos “tempos difíceis” que o país vive, o responsável lembrou que “desde o início da Igreja diocesana todas as obras nasceram mais da fé intrépida dos bispos, da colaboração sempre generosa dos irmãos sacerdotes e das iniciativas persistentes e criativas das comunidades e dos fiéis do que da abundância dos bens financeiros, que a diocese nunca teve”.
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