Jorge Tadeu considera que as declarações de Passos Coelho sobre a saída de professores para outros mercados de trabalho não são ofensivas mas um sinal de novas realidades e considera que a emigração deve ser encarada como opção. Para o antigo deputado ilhavense, atual assessor do PSD no Parlamento Europeu, a emigração é uma via alternativa num mundo globalizado.

“Emigrar, hoje em dia e na aldeia global em que vivemos, não é a mesma coisa que emigrar há 40 ou 50 anos. O transporte aéreo democratizou-se, as comunicações aproximaram e muito as pessoas. Embora não seja fácil porque há barreiras, como a distância que nos afasta da família e amigos, há instrumentos que nos aproximam. E outras barreiras que hoje são menores. Cito, como exemplo, as barreiras administrativas, burocráticas e a barreira da língua num mundo em que cada vez mais pessoas falam uma segunda língua fruto da globalização”, adianta o assessor na crónica semanal “Actualidades”.

Depois das declarações de Passos Coelho sobre a emigração de professores, várias vozes levantaram-se contra a “porta aberta” à emigração numa declaração que o Sindicato de Professores da Zona Centro considerou própria de quem “não tem solução para os problemas do país”.