O PCP faz um apelo à sindicalização no rescaldo do encontro de sexta-feira em Ovar com participação do deputado Jorge Machado. Acredita que o país assiste com as mais recentes propostas de alteração à legislação a uma “marca de classe deste governo” que o PCP vê ao “serviço dos grandes grupos económicos e financeiros”. Contesta o “aumento do horário de trabalho, da flexibilidade e da precariedade” e a “diminuição nas remunerações reais”.

Diz que “fazer regredir os direitos laborais ao nível do século XIX” não é solução para “o aumento de competitividade das nossas empresas”, agravando ainda mais a crise.

O PCP salienta que “os custos laborais representam menos de 15% dos custos totais” e que países mais competitivos como a França “pagam mais salários, trabalham menos horas e têm legislações mais rígidas”. Neste debate ficou o alerta sobre as consequências do alargamento do horário com subida do “risco de acidentes de trabalho” concluindo que é “possível reverter este quadro, bastando para tal que os trabalhadores se unam aos seus sindicatos de classe”.

Este encontro sobre legislação laboral decorreu no auditório da Junta de Freguesia de Ovar com as participações de Jorge Machado, deputado do PCP na Assembleia da República, e Adelino Nunes membro do executivo da União dos Sindicatos de Aveiro.