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13-12-2011

Fábrica de Cacia: Presidente da CIRA critica "nevoeiro" sobre a suspensão e quer mais esclarecimentos.


O Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), Ribau Esteves, considerou hoje "profundamente lamentável" a ...

O Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), Ribau Esteves, considerou hoje "profundamente lamentável" a suspensão da fábrica de baterias da Nissan em Aveiro, defendendo que a empresa nipónica deve "clarificar" as razões que levaram a esta decisão.

"Há aqui algum nevoeiro sobre a justificação que foi dada", disse à Lusa o presidente da CIRA, questionando se a decisão não terá a ver com "questões ligadas à própria velocidade do desenvolvimento do carro eléctrico em Portugal e da rede de abastecimento dos carros eléctricos". Ribau Esteves, que é também Presidente da Câmara de Ílhavo, lamentou a suspensão do projecto, realçando que este era um investimento "muito importante" para a região, porque tinha "um efeito multiplicador e muito relevante com ligações seguramente a outras empresas e a instituições de investigação".

O autarca referiu ainda que a fábrica, que representava um investimento de 156 milhões de euros e a criação de 200 postos de trabalho directos, "dava garantias de potenciar investimentos existentes", designadamente dando "mais força à existência da própria fábrica da Renault em Cacia".

"Espero que as condições de vida do grupo e do país e do mundo possam vir a permitir que esta suspensão seja levantada e que, com a brevidade máxima, possamos voltar a ter este processo em desenvolvimento", concluiu. A fábrica de baterias para carros eléctricos que iam abastecer os veículos da aliança Renault Nissan começou a ser construída em Fevereiro passado no complexo industrial da Renault, em Cacia, e deveria começar a laborar no início do próximo ano. A decisão de suspender a fábrica de baterias portuguesa, foi anunciada na passada segunda-feira pelo porta-voz da Nissan, António Pereira-Joaquim.

Em declarações à Lusa, aquele responsável explicou que, após análise detalhada do plano de negócios, a empresa chegou à conclusão que "as quatro fábricas espalhadas por todo o mundo seriam suficientes para os objectivos". A fábrica de baterias da Nissan foi um dos últimos investimentos estrangeiros anunciados pelo ex-Primeiro-Ministro José Sócrates, que esteve presente na cerimónia de lançamento da primeira pedra, juntamente com o ‘chief operating officer' (COO) da Nissan, Toshiyuki Shiga.

Fonte: LUSA


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