O Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Fernando Ruas (na foto), disse esta sexta-feira que a decisão do Governo de manter o limite de endividamento das câmaras nos 125 por cento foi recebida pelos autarcas com "algum alívio".

Fernando Ruas falava aos jornalistas, em Coimbra, no final de uma reunião descentralizada com presidentes das Câmaras Municipais da Região Centro para analisar a proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2012 e a reforma da administração local.

"Os colegas aqui reunidos disseram até que já não se justifica a realização de um qualquer congresso extraordinário" da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) para reagir às medidas do Governo que atingem os municípios, designadamente o limite ao endividamento inicialmente fixado na proposta do OE. Em 2012, as Câmaras manterão o limite de endividamento nos 125 por cento, como garantiu na quinta-feira o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, numa reunião com a ANMP, recuando na proposta do Orçamento do Estado que previa o corte para metade destes limites.

Esta sexta-feira, na sede nacional da ANMP, em Coimbra, "o encontro correu pela positiva, porque tinha uma novidade, que foi aquilo que recolhemos ontem da conversa com o senhor primeiro-ministro" e da anterior ronda de reuniões com o Parlamento e com o Presidente da República, Cavaco Silva, disse Fernando Ruas. O presidente do conselho directivo da ANMP congratulou-se por ter sido possível resolver "algumas das preocupações" dos municípios em relação ao OE para 2012 e "retirá-las da proposta" do Governo.

Fonte: JN