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03-11-2011

Paulo Cavaleiro insiste no princípio da universalidade no pagamento de portagens.


O deputado do PSD Paulo Cavaleiro, eleito pelo círculo de Aveiro, disse compreender as manifestações e reivindicações de quem ...

O deputado do PSD Paulo Cavaleiro, eleito pelo círculo de Aveiro, disse compreender as manifestações e reivindicações de quem contesta a introdução de portagens nas SCUT, mas sublinhou que o partido “não pode ficar alheio ao estado económico que o País atravessa”.

O parlamentar falava no plenário da Assembleia da República, na discussão de uma Petição contra a introdução de portagens na Via do Infante. O parlamentar aveirense começou a intervenção com aquilo a que chamou de “declaração de interesses”, ao lembrar que fora eleito por Aveiro. “Há mais de um ano que sei o que é pagar portagens nas SCUT”, atirou Paulo Cavaleiro, para sustentar uma tese que vem defendendo há muito, o princípio da universalidade do pagamento. “Aqui, sim, na ausência de universalidade de pagamento das SCUT, está a primeira grande injustiça deste processo”, disse.

Paulo Cavaleiro criticou, na ocasião, a “irresponsabilidade do lançamento de diversas estradas SCUT com a justificação de que se pagariam a si próprias, por força do efeito económico por si gerado na economia”, para sustentar que “o efeito económico em situações como a que nos encontramos torna ainda mais difícil de acreditar que fosse credível este caminho”.

“O PSD sempre defendeu o equilibrado princípio do utilizador-pagador. No seu programa eleitoral, nunca escondeu que introduziria portagens nas SCUT e foi assim votado e legitimado politicamente pela maioria do povo português”, disse Paulo Cavaleiro. O deputado aveirense referiu-se, também, às parcerias público-privadas (PPP), recordando que as PPP rodoviárias custaram em 2010 aos cofres do Estado 896,6 milhões de euros, ou seja mais 28 por cento do que o previsto no Orçamento do Governo para 2010. “Alguém, um dia, vai escrever a história das SCUT desde o início até esse tempo. E será muito interessante se perceber o que hoje já é óbvio, que alguém vai ter de pagar”, concluiu.


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