O PS deixa críticas ao que apelida de indecisões do Executivo Municipal de Aveiro. Os vereadores e os responsáveis da concelhia acusam a maioria e o presidente da Câmara de falta de rumo.

As indefinições em torno do financiamento, balançando entre uma parceria público-privada, que nunca saiu do papel, e o recurso a fundos comunitários, afinal mais certos, atrasaram o programa de renovação do parque escolar de Aveiro para além do que seria razoável.

É uma das principais notas negativas atribuídas à maioria PSD-CDS a meio do mandato pelo vereador José Costa, que foi cabeça de lista em 2005. “Apesar de avisado teimaram em passar o tempo e só passados muitos meses voltaram atrás. Basta olhar para os concelhos vizinhos de Ílhavo e Oliveira do Bairro”, afirmava o vereador da oposição. O autarca lamenta que o presidente Élio Maia tome parte na Assembleia Municipal quase só para cumprir agenda e tarde em definir prioridades. “Tem aversão a definir prioridades. Obriga a transparência e clareza. Ele não gosta de definir prioridades. Alguém sabe quais são as prioridades para Aveiro”,questiona José Costa.

A gestão das empresas municipais, como se não fizessem parte do mesmo grupo, é outra crítica. “Rentabilizar ao máximo os recursos disponíveis. Podemos ter trabalhadores a mais num lado e a menos no outro. Foram admitidas mais pessoas para a área da fiscalização da Move Aveiro. Três ou quatro pessoas de outros lados podiam fazer isso”.

O PS vai estar mais atento a despesas tidas como desnecessárias. Na próxima reunião, os eleitos socialistas vão começar por pedir que seja anulada a prestação de serviços de 24 mil euros anuais com aquisição de reportagens a um canal de televisão na internet. E questionar gastos com viagens ao estrangeiro.