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12-10-2011

UA: Estrutura de custos coloca "sérios desafios" refere o Reitor na cerimónia de abertura do ano lectivo.


A abertura do ano lectivo na UA ficou marcado por alertas para as implicações dos cortes orçamentais na vida da instituição de ...

A abertura do ano lectivo na UA ficou marcado por alertas para as implicações dos cortes orçamentais na vida da instituição de ensino superior. O reitor da Universidade de Aveiro (UA) não avançou com números muito concretos, deixando, contudo, a certeza de cortes nas verbas do Estado.

De resto, Manuel Assunção não poupou palavras no discurso para dar conta das consequências esperadas com as restrições orçamentais. As reduções "muito significativas" na dotação estatal irão afectar o financiamento da investigação através da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

"São constragimentos muito sérios" que vão colocar as instituições de ensino superior com transferências 20 por cento abaixo do que tiveram há cinco anos. "Podemos não gostar do que está a acontecer, podemos, até, não concordar com o quadro que nos é traçado, seria, contudo, imprudente e irresponsável ignorar a realidade", advertiu Manuel Assunção. O reitor antecipou, por isso, ajustes orçamentais internos para que a UA seja capaz de manter "o projecto com qualidade e sem perder de vista a estratégia e metas delineadas".

Para isso acontecer, será "decisivo" o volume de receitas próprias através de contratos com entidades externas ou financiamentos europeus para "o âmbito e impacto" da actividade e "nível de emprego que geramos ou garantimos", alertou. Manuel Assunção pediu atenção aos pequenos gastos, o que implicará "cortarmos em tudo que é supérfluo ou pouco acrescenta". Será feita também uma racionalização da oferta de formação que permita "ganhos de escala" e "realocação inteligente de recursos".

A UA, alertou, tem "uma estrutura de custos que coloca sérios desafios de sustentabilidade". O "escalonamento" de recursos humanos é, em muitos casos, "desequilibrado" e "a significativa quantidade" de investigadores, muitos deles "fundamentais" mas cuja continuidade "exigirá folga orçamental". Manuel Assunção aproveitou a presença do secretário de Estado do Ensino Superior para deixar outro alerta: "cortes não constituem políticas", esperando-se que as medidas a tomar "tornem mais claro" o dinheiro com que as instituições podem contar.


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