O PS aconselha ponderação no investimento que será feito na construção da nova junta da Glória. Lembra que as mudanças no mapa autárquico vão alterar as necessidades de cada freguesia e que o agrupamento de freguesias urbanas poderá trazer alteração de hábitos em Aveiro. Uma recomendação que o autarca da Glória não gostou de ouvir.

A fusão de freguesias que o Governo pretende colocar em marcha rapidamente deveria levar a Câmara de Aveiro a reequacionar algumas investimentos previstos no concelho. Pedro Pires da Rosa, deputado do PS na AM, pediu cautela, nomeadamente no que toca ao novo edifício da Junta de Freguesia da Glória, atendendo a que as freguesias urbanas da cidade poderão vir a ser agregadas numa só.

“Se calhar até pode ser sede da nova junta urbana. Não sei o que pensará João Barbosa. Mas pedia que repensassem isto porque ainda vamos a tempo. Não vamos estar a fazer um edifício para um fim que ao dia de hoje, já vem nos jornais, quando o Governo entende que vai terminar. Pensem nisso”.

A Câmara de Aveiro não se pronunciou. Já Fernando Marques, presidente da Junta da Glória, não gostou que o investimento de quase um milhão de euros tenha sido posto em causa. “Diz que vamos a tempo mas não vamos. Foi adjudicada. Estamos à espera do visto do Tribunal de Contas. Temos financiamento do QREN. Se José Sócrates tivesse dito há dois anos a situação em que o país estava naturalmente a JF da Glória não se candidatava”, reagiu o autarca.

Segundo uma estudo da ANAFRE, aplicados os critérios do livre verde da reforma administrativa, terão de ser agregadas nove freguesias do concelho: Aradas, Eirol, Esgueira, Glória, Nariz, Oliveirinha, São Jacinto, Vera Cruz e Nossa Senhora de Fátima. As restantes respeitam as condicionantes para continuar a existir como até agora.