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29-09-2011

II Jornadas de Património de Estarreja revelam que Castro de Salreu tem mais por revelar.


Confirma-se “a ocupação proto-histórica do Castro de Salreu, em termos de espólio e por alguns vestígios de estruturas”. A ...

Confirma-se “a ocupação proto-histórica do Castro de Salreu, em termos de espólio e por alguns vestígios de estruturas”. A conclusão foi adiantada por António Manuel Silva, do Centro de Arqueologia de Arouca, durante as II Jornadas de História e Património de Estarreja, que decorreram na última sexta-feira, na Biblioteca Municipal, com a presença de quase uma centena de participantes.

Calcula-se que o povoado, situado numa colina de média altitude circundada a Norte e a Poente pelo rio Antuã, tenha sido ocupado entre os anos “2500 e 2000 a.C.". Confirmou-se a ocupação proto-histórica com uma cronologia proposta sem datações completamente absolutas, mas, confirma-se, até à chegada dos Romanos à região, mas temos ainda muito trabalho pela frente, também em termos de escavação", referiu o arqueólogo.

A intervenção “confirmou totalmente o interesse e potencial arqueológico do sítio, desde logo pela recuperação de cerca de 2300 fragmentos de cerâmica da Idade do Ferro, para além de alguns objectos em pedra, restos de utensílios mecânicos e duas contas de colar em pasta vítrea, de procedência mediterrânica”. António Manuel Silva considera que “a continuidade se afigura perfeitamente justificada” e os resultados ainda preliminares, “poderão trazer dados de muito interesse para esta região”.

A intervenção, levada a cabo no Verão pelo Centro de Arqueologia de Arouca, com o apoio financeiro e logístico da Câmara Municipal de Estarreja, envolveu cerca de 15 colaboradores, quer profissionais, quer jovens estudantes voluntários. O estudo está inserido num projecto de investigação dimensionado para a bacia do rio Antuã, envolvendo outros sítios arqueológicos, e com uma duração de quatro anos.


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