O deputado do PSD Paulo Cavaleiro, eleito pelo círculo de Aveiro, defendeu na Assembleia da República o princípio da igualdade no pagamento das vias rodoviárias.

Falando na discussão de uma petição contra a introdução de portagens na A-25, na A-24 e na A-23, o parlamentar eleito pelo círculo de Aveiro disse que exigiria deste governo o que exigira ao anterior: “o cumprimento dos três quesitos de que não prescindimos – universalidade, equidade e transparência nos critérios”.

Paulo Cavaleiro deu o exemplo do pórtico colocado junto ao Estádio Municipal de Aveiro como o espelho daquilo a que chamou de “aberração do actual modelo de pagamento, claramente injusto". “O que se pede ao actual Governo é justiça na universalidade do conceito de utilizador-pagador", referiu o deputado aveirense.

Dizendo compreender a preocupação das populações e as suas formas de luta, Paulo Cavaleiro sublinhou que o PSD “não pode ficar alheio ao estado económico que o País atravessa, devido a seis anos de governação de quem achou que nunca teria de paga as facturas dos seus desmandos”. O deputado social-democrata lembrou que é responsabilidade do PS a ideia de que as vias pagar-se-iam a si próprias, “contra a posição do PSD, que sempre defendeu o princípio do utilizador-pagador”.

“O modelo do PS contribuiu e contribui para a asfixia das contas do Estado” – acusou Paulo Cavaleiro, lembrando que o Orçamento terá de reservar 700 milhões de euros por ano para pagar as rendas das SCUT, durante 30 anos.

“A Esquerda pensa que é possível fazer-se tudo sem se pagar, mas falta-lhe dizer de onde vem o dinheiro”, concluiu Paulo Cavaleiro, lembrando que “o PSD nunca escondeu no seu programa eleitoral que introduziria portagens nas SCUT”.