O presidente da Câmara de Aveiro foi obrigado, na última reunião privada, a usar o voto de qualidade para evitar um contratempo na empreitada que pretende tapar buracos em meia centena de ruas por todo o concelho. O executivo aprovou, a 21 de Julho, por unanimidade, uma proposta, genérica, de abertura de concurso público com preço base a rondar 2,2 milhões de euros.

Os problemas começaram depois quando a presidência deu conta dos termos concretos, nomeadamente o pagamento da empreitada em espécie, isto é, entregando um terreno de valor equivalente que ficou sem comprador em hasta pública recente.

A avaliação da parcela foi questionada o que levou Élio Maia a retirar a proposta. Quando o assunto foi retomado, na ordem de trabalhos da reunião de quarta-feira, os esclarecimentos não afastaram as dúvidas, nomeadamente do vereador Miguel Fernandes, que exerce o cargo sem pelouros e como independente na sequência do caso do contrato de cedência do estádio.

Quando chegou a hora de votar os procedimentos do concurso e nomeação do respectivo júri, o executivo dividiu-se a meio. Os vereadores proscritos Miguel Fernandes e Ana Vitória Neves votaram contra, assim como os dois eleitos do PS presentes (José Costa e Pedro Neto), obrigando Élio Maia a desempatar com o voto de qualidade. O concurso ainda terá de receber visto do Tribunal de Contas.