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25-04-2011

Partidos ensaiam discurso positivo em quadro de crise política, económica e social.


Os discursos da sessão solene do Feriado Municipal de Ílhavo cruzaram-se com o Dia da Liberdade e a crise esteve em fundo na ...

Os discursos da sessão solene do Feriado Municipal de Ílhavo cruzaram-se com o Dia da Liberdade e a crise esteve em fundo na intervenção dos líderes das bancadas da Assembleia Municipal. “Numa altura em que até um dos principais mentores e executantes do 25 de Abril de 1974, Otelo Saraiva de Carvalho, coloca em causa a sua utilidade, a resposta dos cidadãos e pelas instituições aqui distinguidas demonstram que o desafio da cidadania e da participação democrática é de todos nós, estando nas nossas mãos fazer e julgar o verdadeiro 25 de Abril e não na dos políticos mais ou menos desiludidos pelo rumo que deram ou não conseguiram dar ao país”, disse António Pinho, deputado do PP na Assembleia Municipal.

"Actualmente, mais do que a discussão e a luta dos políticos, o essencial é cuidar da vida concreta das pessoas”, sublinhava Flor Agostinho deixando um desafio à autarquia. “É importante, acima de tudo, continuar a contribuir para a resolução do maior problema nacional, a necessidade de criação de mais emprego, capaz de gerar riqueza”.

Pedro Martins, da bancada do PS, recusa dúvidas sobre as virtudes da Democracia. “Apesar dos tempos conturbados que se vivem, não creio que se possa suscitar, sequer, a questão sobre o real contributo da revolução dos cravos para o cumprimento de um dos objectivos que então se visava alcançar: desenvolver o país”, afirmava Pedro Martins contra a “lamúria que nada resolve”. Para o deputado socialista há que encarar os tempos com noção das dificuldades mas “com esperança” e “crença inabalável”, com esforço colectivo e com sacrifícios repartidos de “forma equitativa e justa”.

José Alberto Loureiro, do PCP, não deixou esquecida a questão dos sacrifícios e lançou diversas interrogações. “Mas quem vai pagar a crise? Mas esta é a Europa solidária que veio até para nos ajudar com juros a 6% enquanto os grandes se limitam a pagar 3%? Mas é por falta de produção que vivemos em dificuldades ou por falta de consumo? São milhões na pobreza e milhões que caminham para ela sem qualquer possibilidade de retorno”, dizia o deputado municipal, na sessão conduzida por Carlos Sarabando na ausência de Neves Vieira.

O presidente da AM que se encontrava ausente mereceu de Ribau Esteves uma das notas de final de discurso à semelhança do que fez para Rocha Galante, antigo presidente de Câmara. Duas ausências por questões de saúde.


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